quinta-feira, 8 de junho de 2017

10 maneiras como um MBA internacional pode mudar sua vida



Quando comecei meu MBA na IE Business School, uma das escolas de negócio mais respeitadas no mundo e conhecida por sua abordagem empreendedora e inovadora, nosso reitor Erik Schlie disse algo que me marcou, “Aproveite esse ano para ser tudo que sempre quis, mas nunca teve coragem”. Aqui – sem antes agradecer à Paula pelo espaço e trabalho em pró da educação executiva – conto como será o seu MBA internacional, se você também acreditar nesta frase.


Você viverá um caldeirão de culturas e seus melhores amigos serão do mundo todo
Mais de cem nacionalidades estudando juntas faz toda diferença. Aprendi que coisas normais para nós, como ter um passaporte, direito de ir e vir e se expressar, não é realidade para todos. Descobri que nossa rixa com os hermanos argentinos não passa de brincadeira comparada com outros países e que cultura muda o jeito da pessoa ver o mundo. Fiz amigos de países que antes não sabia apontar no mapa. Vi danças, roupas e sotaques típicos. Experimentei comidas e bebidas de dar água na boca.
No MBA você vai conhecer pessoas de partes do mundo que dificilmente visitaria ainda que fosse um executivo cosmopolita ou um inspirado viajante. Ao longo dessa jornada vai perceber que seus colegas do Cazaquistão, México, Índia, Kuwait Singapura, Nigéria, Líbano e Palestina são muito mais parecidos com você do que imaginava e que qualquer diferença pode ser superada com uma boa cerveja ou uma refeição caprichada.

Você vai perder o medo de falar em público
Acho que eu nunca fui tímido, mas quando fiz minha primeira apresentação em inglês, tremi dos pés à cabeça. Hoje, depois de umas 100 apresentações, posso dizer que o palco virou um amigo. O MBA é desenhado para lhe tirar da zona de conforto, são muitas apresentações e normalmente a participação na aula conta no mínimo 30% da nota. Então acredite, você vai perder seu medo de falar em público.

Você vai virar um mestre na gestão do tempo (ou da falta dele) e ainda viajar muito
Sua habilidade de gerenciamento de tempo vai ser algo de se orgulhar. Afinal, como alguém pode gerenciar 6h de aula por dia, manter dezenas de novos relacionamentos, ler centenas de páginas em inglês, fazer trabalhos em grupo, participar de reunião de clubes, palestras, festas e tentar dormir umas 6 horas toda noite? Acredite, você fazer funcionar e ainda conseguirá arrumar tempo para viajar muito. Eu aproveitei ao máximo; Formentera, Bilbao, Sevilla, Milão, Paris, Praga, Londres, Veneza e por aí vai…

É o “além da sala de aula” que faz diferença
A grade curricular dos MBAs é muito parecida, por isso, é o fora da sala de aula que faz a diferença. Uma boa forma de aproveitar é através dos clubes de alunos; eu fui membro de diversos deles, como o FMCG (Bens de Consumo), Public Speaking, HealthCare, e tive a honra de presidir o Brazil Club. Além disso, é fora da sala de aula que você faz networking; conheci CEOs, empreendedores, investidores, profissionais de diversas indústrias e head-hunters.

Você vai aprender coisas que não imaginava (algumas que nem sabia que existiam)
Se você nunca estudou business, o MBA será um abrir de olhos para um mundo novo. Se já tem background em business, o MBA também será um abrir de olhos para um mundo novo.
Claro, em um ano, é impossível que se torne um especialista em finanças ou marketing, mas tampouco é este o objetivo do MBA. Aqui você desenvolverá uma visão holística do funcionamento de uma empresa, liderança e trabalho em equipe. Sou formado em administração pela FGV-EAESP, então muito do que estudei no MBA eu já conhecia, mas agora com uma grande diferença, eu não sou o mesmo aluno que frequentou a FGV, tenho mais maturidade e experiência e isso fez o MBA ser muito especial e bem diferente da época da faculdade.

Seus parâmetros vão mudar e você vai se tornar mais humilde
Você fala 3 línguas? O aluno sentado ao seu lado fala 8. Sua nota no GMAT é alta? O colega lá na frente chegou em 790. Morou no exterior? A menina no fundo morou em 8 países, inclusive na China. Acha que tem um CV incrível com marketing e finanças? Será superado por quase todos os outros. Mas verá que isso não importa e a experiência do MBA irá forçá-lo a correr atrás e crescer com seus incríveis colegas.
Além disso, voltar para a sala de aula depois de vários anos é uma grande lição de humildade. Depois de um tempo trabalhando vamos ficando confiantes, mas no MBA você enfrentará desafios tão grandes que são insuperáveis sozinhos e só com apoio dos amigos poderá conseguir. Hoje não tenho mais tantas verdades como antes e estou muito mais aberto ao desconhecido.

Você irá incentivar seu lado empreendedor
Tive centenas de ideias para novas empresas, criei startups fictícias com colegas, participei de pitchs reais e conheci os mais durões Venture Capitalists. Estudei conceitos de inovação e vi serem aplicadas tecnologias revolucionárias como BlockChain, Virtual Reality, Big Data e Internet of Things.

Você vai achar passar no MBA fácil, comparado com arrumar um emprego
Não espere que a faculdade vá lhe arrumar um emprego, nem que sua caixa de e-mails vai viver cheia de propostas. O mercado de trabalho pós-MBA é extremamente competitivo, são milhares de novos formandos todos os anos. Lembra quando começamos a dizer “inglês não é mais diferencial”, pois é, no pós-MBA, falar três idiomas, faculdade top, ter morado no exterior, experiência em multinacional, cargo de liderança.. nada disso é diferencial. O nível dos candidatos é altíssimo e as empresas recebem no mínimo mil candidatos por vaga. No final, vence aquele que se adapta melhor e se identifica com a cultura daquela empresa.

Você vai usar três idiomas (ou mais) em uma única frase
Eu sempre tive um pensamento muito estruturado, então quando eu falava em inglês era como se ligasse um botão e depois desligasse. Bom, no MBA isso não dá muito certo, o mais comum era começar a frase em um idioma, depois um colega entrava na conversa em outro idioma e depois um terceiro. Era uma salada de idiomas, no final, não só eu, mas todo mundo, começava a misturar da forma mais natural. Não foram poucas as vezes que comecei a falar em inglês, usei uma palavra em espanhol e terminei com uma expressão em português.

Você descobrirá o que realmente quer fazer (ou talvez não)
O MBA abrirá seus olhos para novas ideias e o levará a fazer grandes perguntas. Você quer trabalhar em uma multinacional? Iniciar carreira acadêmica? Mudar de país? Trabalhar em finanças? Recursos Humanos? Terceiro setor? Virar Professor? Consultor? Voluntário? Empreender? Eu diria que a indecisão é a regra por aqui, são tantas opções que muitos não sabem qual escolher.
Nosso professor uma vez disse “Garanta que seu próximo trabalho faça sentido para seu futuro. Prefira ficar um ano procurando o emprego dos sonhos, do que aceitar a primeira proposta que receber. O MBA é um reinicio na sua carreira e nunca mais terá uma oportunidade como esta”. Como bom aluno que sou, levei o conselho a sério, assumi riscos e resolvi começar minha carreira pela primeira vez fora do Brasil, percebi que jamais teria outra oportunidade como essa.

Mas afinal, vale a pena?
Com certeza! O bem mais valioso que temos é o tempo e aprendi que a vida não é contada em minutos, dias ou anos, ela é contata em experiências. Meu ano de MBA foi o melhor ano da minha vida. Conheci pessoas incríveis, consegui o emprego dos sonhos, convivi com as mais diversas culturas, esquiei, escalei, viajei e mudei.
Acredite, deixar o trabalho, amigos e família para ficar um ano em outro país gastando suas economias, sem certeza de trabalho pós-MBA, é um risco enorme. Às vezes os riscos se pagam e às vezes não. Mas eu aprendi que se não correr riscos, passarei pela vida arrependendo do que não fiz.
O MBA abriu meus olhos para mais do que novas oportunidades, ele abriu meus olhos para um novo mundo e transformou quem eu sou.

Artigo publicado originalmente no blog do Estadão - MBA de A a Z, da Paula Braga. Link para o artigo original.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Drones são próxima grande revolução? Como o marketing pode se beneficiar disso?

Recentemente estive em uma apresentação da empresa DJI Drones, a maior empresa de drones do mundo.  A apresentação foi feita por Tautvydas Juskauskas, gerente de desenvolvimento da empresa na Europa, que falou sobre a industria, de oportunidades e desafios e de mercados que já foram revolucionados pelos drones, sai de lá encantado.

Tautvydas Juskauskas apresentando a DJI na IE Business School

Conhecemos os drones devido a indústria de entretenimento com fotos e filmagens incríveis, Hollywood têm usado drones em praticamente todos os filmes, mas isso é uma parcela muito pequena do negócio de drones, o mercado mais importante para eles neste momento é a construção civil, o setor imobiliário e a agricultura, mercados que têm sido revolucionados pela entrada dos drones.


Os drones utilizam uma tecnologia de vídeo-imagem de ponta, sendo capazes de reconhecer (e seguir) uma pessoa, baseado apenas em uma foto. Também estão muito avançados em automação, podendo funcionar sem a necessidade de um controlador. Por exemplo, se você quiser fazer um mapa 3D de um prédio, basta programar no GPS do drone os cantos do prédio e ele faz o resto sozinho. Depois de tirar milhares de fotos os dados são colocados em um software especifico que os transforma em mapeamento 3D perfeito.

Se parece impressionante do que os drones já fazem, mais ainda é o que podem fazer num curto espaço de tempo; mapeamento de tráfego, monitoramento de cidades, análise geológica, segurança, meio ambiente, são infinitas as possibilidades e estão apenas começando. Por exemplo, em uma indústria de energia solar os painéis precisam ser verificados um por um diariamente, algo que pode facilmente ser feito por um drone pré-programado de forma automatizada, com velocidade maior e custo menor.

Mas DJI quer ir além, parece ficção científica, mas estão com projetos para drones totalmente autônomos que funcionem 24 horas por dia com energia solar. Os drones seriam conectados a uma rede de dados na nuvem (cloud) e acessados por empresas sob demanda. Assim uma empresa poderia comprar dados pré-coletados pelo drone ou contratar um drone que esteja sobrevoando a região para levantar dados específicos.

São poucas as tecnologias capazes de coletar dados como os drones, depois de coletados estes dados podem ser jogados em uma cloud ou em um software de big data com um algoritmo que irá transformá-los em informação sobre os clientes, seus hábitos de consumo e oportunidades de inovação, revolucionando a forma como o marketing toma decisões. Eu que faço também um Mestrado em Comportamento do Consumidor sei o quanto informação é fundamental para o Marketing e o quanto as empresas investem nisso.

Porém, ainda existem algumas barreiras, a principal é a questão de regulamentação, cada país tem uma lei diferente, em alguns não tem lei nenhuma e em outros é proibido. Existe também uma barreira tecnológica, como a durabilidade da bateria e a necessidade de uma tecnologia de extrema precisão em todos as peças.

Depois da apresentação, Tautvydas fez uma demonstração surpreendente com os drones da DJI. Eu já tinha visto um drone voar, mas esta foi a primeira vez que vi em lugar fechado e cheio de gente. A estabilidade do drone é uma coisa inacreditável, ele não mexe um milímetro, respondendo de forma rigorosa e precisa ao controle do operador.

Vejo um futuro próximo com drones sobrevoando cidades de forma automatizada, captando dados que vão ajudar na criação de cidades mais sustentáveis, organizadas, eficientes e melhorares para se viver, além é claro, de facilitar muito a vida do Marketing, que precisa entender seus consumidores. Por isso tudo que digo que drones não são a próxima revolução, são uma revolução que já está acontecendo.

Guilherme Ubiali






segunda-feira, 27 de março de 2017

Um dia como cervejeiro na AB-Inbev



Eu sempre comento que fazer um MBA internacional é aprender muito além sala de aula e recentemente fui à um evento que foi uma grande prova disso. Trata-se do "One day at the beer chain”, um evento organizado pela empresa Belga-brasileira AB-Inbev (controladora da cervejaria Ambev), para um grupo seleto de 30 alunos de MBAs e Mestrados de Madri para divulgar os Programas de emprego oferecidos pela empresa. Uma oportunidade única para conhecer o escritório da Ab-Inbev em Madri, aprender sobre o processo de fabricação da cerveja, controle de qualidade, logística, marketing e vendas.
O dia começou com a divertida atividade onde fabricamos nossa própria cerveja, depois fizemos um teste de qualidade para identificar cervejas abaixo do padrão de qualidade, aprendemos sobre processo de produção e logístico da cerveja e por fim tivemos uma experiência bem prática de como são as negociações entre a empresa e seus clientes, foi incrível! Um mix de teoria e prática, simulando o dia a dia da maior cervejaria do mundo.
Uma observação interessante que faço aqui é como são jovens os líderes da empresa, uma característica bem comum nas empresas do grupo 3G e tendência no mercado competitivo, dinâmico e moderno.
Também tivemos uma interessante apresentação do Diretor de Marketing da empresa sobre as estratégias e projetos de expansão no país, como conectar-se com o consumidor, estratégias de premiunização da marca, como atingir os milleniums e o novo foco da empresa em mídias digitais, temas recorrentes nas aulas de MBA da IE Business School.
Ao final, aprendemos como deve ser servido um bom chope e celebramos com um alegre brinde.
Cheers!
Agradecimento especial Maria Neves, uma das organizadoras do evento e ex-aluna da IE do Erasmus Programme.
#onedayinbeerchain #ABIeventMadrid





quinta-feira, 2 de março de 2017

O que podemos aprender com “Shakespeare on the Bush”?


   Laura Bohannan, uma antropologista Americana, escreveu em 1966 um curioso artigo sobre sua pesquisa etnográfica na população Tiv, na África Ocidental, "Shakespeare on the Bush" . No artigo ela questiona a própria certeza de que existe uma perspectiva única universal para as tragédias humanas como, por exemplo, a história de Hamlet. Para aqueles que não conhecem a história, Hamlet é um príncipe que após encontrar o fantasma de seu pai descobre que o verdadeiro regicida é o seu tio Claudius, novo rei e marido de sua mãe. Depois disso a história se desenrola em uma sequência de infortúnios que acabam com a morte de todos envolvidos, inclusive do protagonista.

   Mas voltando para Laura Bohannan, seu artigo se passa na sua segunda experiência vivendo entre a população Tiv, em uma pequena e isolada aldeia na Nigéria. Laura aos poucos ganha a confiança daquele povo, até que em uma certa ocasião, o líder da tribo propõe-lhe um desafio, contar-lhes uma história do seu povo de origem. Esta foi então a oportunidade que Laura teve para provar sua teoria de que Hamlet era uma história universal e que seria entendida da mesma forma, qualquer que fosse a audiência.
  • Nesse ponto vale uma reflexão sobre a pergunta que me levou a este artigo, quantas foram as vezes que nós administradores agimos como Laura, só por estarmos um pouco integrados a uma certa cultura empresarial temos certeza de que a entendemos plenamente, a ponto de acreditar que a simples apresentação de fatos e dados será suficiente para que todos nos entendam da mesma forma.
   Laura então começou a contar a história de Shakespeare, mas foi logo surpreendida ao perceber que seus ouvintes aprovavam as atitudes de Claudius, especialmente de se casar com a rainha e cunhada para assumir o trono. A interpretação dos Tiv de que esta era a atitude correta, devia-se a certeza de que o irmão mais jovem tem a obrigação de cuidar da família e dos bens do falecido assumindo seu lugar.

   Perdida em meio a perguntas e dúvida, Laura logo percebeu que teria desafios maiores do que imaginava, afinal seus ouvintes não conseguiam entender conceitos comuns para ela como fantasma, monogamia e herança. Foi então que Laura, sabiamente começou a utilizar de uma das técnicas mais importantes na condução de discussões em grupo, integrar à sua história elementos da vida cotidiana dos ouvintes, no caso deles, bruxas e seres que espreitam na floresta substituíram elementos como fantasma e alusões a demônios.
  • Faço uma nova pausa para voltar ao mundo corporativo e refletir o quanto podemos aprender com isso, a nossa audiência será sempre diversificada e falar com metáforas que façam sentido para o seu público é uma técnica poderosa e digna de grandes oradores.
   Mas voltando à África Ocidental, após as mudanças a história de Laura começou então a fluir até um momento em que Hamlet repreendeu sua mãe, matou sem querer o ancião Polonius e preparou-se para matar Claudius, seu tio e marido de sua mãe, um “pai” de acordo com os costumes daquela tribo. Foi então que o grande herói de Shakespeare, Príncipe Hamlet, se tornara um dos mais cruéis e horríveis vilãos para aqueles ouvintes. Fatores culturais são poderosos e Laura começava a aprender uma importante lição, não existem fatos ou histórias universais, bem ou mal, certo ou errado; tudo depende do ponto de vista de cada pessoa, de seu background, sua cultura e seus valores. Se todos os administradores conseguissem entender o poder disso, com certeza mudanças em empresas seriam muito melhor geridas e os seus danos causados pelas mudanças bem menores.

   Para a tranquilidade de Shakespeare, a reputação de seu herói Hamlet foi salva pela certeza de que ele estava enfeitiçado, afinal, somente os bruxos deixariam um homem tão maluco a ponto de desonrar sua mãe, matar um ancião e querer matar seu padrasto.

   É então que Laura, um pouco insatisfeita por ter perdido o controle de sua história, ouve uma das mais curiosas frases vindas do líder da tribo: “Você conta a história bem e nós estamos ouvindo. Porém, está claro que os anciões do seu país nunca lhe contaram o que esta história realmente significa”. Desse ponto em diante, o povo Tiv assume o controle da história do mais famoso escritor inglês e dá a ela contornos curiosos que fazem sentido à sua cultura e que com certeza orgulhariam o autor original. A história ganha vida nas mãos dos Tiv, Laertes torna-se assassino de Ophelia, Polonius responsável por sua própria morte e fatores como dinheiro, dívidas e apostas passam a ser determinantes para explicar o buracos e ambiguidades deixados por Shakespeare.

   A história então termina como a original, todo mundo morto, e com uma certeza daquele povo de que tinham enfim ajudado Laura a compreender Shakespeare de uma forma que ela nunca imaginara.

Autor: Guilherme Amorim Ubiali

Artigo publicado originalmente no LinkedIn Guilherme Ubiali.

Bibliografia: "Shakespeare in the Bush", Natural History 75 (1966), pp. 28–33.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Um típico dia de um aluno de MBA


IE Business School

Como é cursar um MBA na Europa? Como é seu dia a dia em Madri? Essas são perguntas muito comuns que recebo como aluno do International MBA, por isso resolvi fazer esse artigo e contar como é um típico dia de um aluno de MBA.
Uma anedota muito comum é dizer que nossa vida é dividida entre três coisas dais quais você tem que escolher duas: estudar, fazer networking ou dormir. Eu particularmente não concordo que você tenha que escolher apenas duas das três, mas com certeza administrar seu próprio tempo (ou a falta dele) é um dos maiores desafios do aluno de MBA.
Aqui conto como é a minha rotina e como eu tenho feito para administrar o meu tempo.
8h00 – O despertador toca, é hora de levantar. O sol ainda está nascendo em Madri e o friozinho deixa tudo mais difícil.
9h00 – Iniciam-se as aulas. Os alunos chegam, alguns alegres e outros mais sonolentos, dependendo de como foi a noite anterior. Aula do dia, Corporate Finance e Managerial Decision Making. As aulas variam muito, não seguem uma linha constante. A cada três meses termina um “term” e trocam todos os temas e professores.
11h00 – Intervalo de 40 minutos para comer alguma coisa. Perto da faculdade existem várias opções e com 10 euros consegue-se almoçar.
11h40 – De volta às aulas, a tarde de hoje foi reservada para Marketing Management e Strategy.
15h00 – Terminam as aulas, mas não o dia. Temos reunião do Club Brazil, o qual sou presidente, e em seguida uma reunião rápida do grupo de trabalho de sala.
16h00 – Palestra sobre BlockChain, uma tecnologia totalmente disruptiva que promete transformar diversas industrias como healthcare, bancos e telefonia.
17h00 – Company presentation. Hoje a vez foi da indústria Farmacêutica, ao final um coquetel de networking. Vinho e cerveja a vontade, mas como meu dia ainda está só na metade, eu fico no refrigerante.
18h30 – Enfim em casa e hora de trabalhar. Terminar a minha parte do projeto em grupo e enviar para os colegas para revisão.
19h30 – Parada rápida para o jantar.
20h00 – De volta aos estudos, agora é a vez de preparar-me para a aula do dia seguinte. Leitura de um ou dois cases, acompanhados de mais três artigos, normalmente entre 60 e 90 páginas por dia.
23h30 – Enfim terminando a leitura e, como não sou de ferro, vou assistir um episódio da série que acompanho no Netflix.
00h30 – Pronto para dormir e descansar para um novo dia.


A rotina de um aluno do International MBA da IE é mais ou menos assim todos os dias. Alguns dias com mais company presentations, outros com mais leituras e outros mais livres nos quais é possível ir a feiras tecnológicas, fazer compras ou sair com os amigos.
Aos finais de semana a gente aproveita mais, é sempre possível caminhar pelo belo parque do Retiro, passear de bicicleta por Madrid ou viajar. Eu tento viajar na média a cada dois finais de semana, afinal, estamos na Europa!
Como viram, a rotina é intensa, começa cedo e termina tarde, mas o mais importante é que quando o dia termina você não se sente exausto, pelo contrário, está animado e ansioso para mais um dia!
Um abraço,